O primeiro dia de estágio é sempre misto de emoções, de expectativas, de medo, insegurança, ansiedade. Não sabemos direito o que encontraremos e , ao mesmo tempo, temos receio de nossas reações diante do sofrimento alheio: choro, mal-estar, fraqueza, pena. Realmente não imaginava o que eu iria sentir naquele local, mas me surpreendi comigo mesma. Não tive medo quando entrei, logo o primeiro paciente, na verdade a primeira pessoa com quem nos deparamos (eu e mais 12 quase doutores) foi a D. Cidinha, a enfermeira, que nos recebeu bem, apesar de meio ressabiada. Nos levou ao quarto do Sr. Miros Lau (acho que é isso), que em princípio não gostou muito da presença de 12 palhaços na sua frente e pareceu se assustar um pouco com nossas roupas e maquiagens. Ao ser indagado pela enfermeira quem era o palhaço mais bonito dali, ele imediatamente apontou para ela mesma, Cidinha, não por se palhaça, mas por achá-la mais bonita e atenciosa. Ele não podia falar conosco, mas notou-se que havia sido bem tratado até então, até pelo carinho e pela rápida escolha. Numa das visitas, acabei soltando um “Tudo bem?” (claro que não está), mas qual não foi minha surpresa quando ouvi um “Tudo bem, agora está bem”. Já esteve pior: a filha estava ao lado dele, o paciente, e também havia acabado de ter alta da UTI, há 3 dias. E já tinha esperanças que ele saísse logo. Valeu o dia. E a visita.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário